sexta-feira, 6 de setembro de 2013

FACTOS SURPREENDENTES: A ESQUECIDA ARQUITECTURA MODERNISTA PORTUGUESA





Pousada da Caniçada, projecto da autoria do 
ilustre arquitecto Januário Godinho
Fonte das imagens forum Autohoje


ARQUITECTURA MODERNISTA
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A arquitectura modernista do estado novo foi a última vez que Portugal teve uma identidade arquitectónica... houve um batalhão de arquitectos e engenheiros que embelezaram o País, contribuindo  para a cultura portuguesa com um sem fim de novas construções ao nível do melhor que se fazia em todo o mundo.
Nomes como Cristino da Silva, Cassiano Branco, Pardal Monteiro, Faria da Costa, Artur de Andrade, Januário Godinho, Cottinelli Telmo, entre muitos outros, marcaram Portugal com obras arquitectónicas que ainda hoje nos enchem de orgulho...
Em contraponto temos hoje uma arquitectura que não só perdeu a identidade, como também é de uma traça efémera e sem estilo definido... entre "maisons" e "taveiradas" que depressa passam de moda, o nosso bom e verdadeiro património caiu no esquecimento...
Aquilo que foi a habitação social no tempo do estado novo, é hoje valorizado em termos imobiliários, como habitação de luxo... a prová-lo podemos tentar comprar uma casa nos bairros de Belém, Caselas, Actores de Benfica, Campolide, Olivais... e comparar com os valores dos bairros sociais de agora...
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Fonte do texto: portal Ruinarte de Gastão de Brito e Silva.


NO CENTENÁRIO DE VIANA DE LIMA
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Escrevo no dia do centenário do nascimento de Alfredo Evangelista Viana de Lima (18-8-1913/27-12-1991), um dos mais importantes arquitetos portugueses, senão mesmo o maior nascido e falecido no século XX em Portugal.
(…)
As agendas do situacionismo fingem não dar pela efeméride. Isso acrescenta-me na vontade de dignificar o calendário, escrevendo ao menos este testemunho. Faço-o não especialmente pelo panegírico devido mas como contributo para a discussão da obra do mestre, fugindo a estereótipos sem esquecer a necessidade de divulgar. Mormente tendo em vista os estudantes, os jovens profissionais e os investigadores, a imensa maioria dos quais ignora, na prática, a extraordinária obra que Viana de Lima nos legou e que se documenta no vastíssimo espólio à guarda inerte da 'Escola do Porto', a que pertenceu.
Como profissional e como cidadão, Viana de Lima foi um senhor, cruzando a descrição com o empenho cívico, como toda a vida foi seu timbre. Fê-lo com grande desenvoltura cultural e com a galhardia de quem se sentia destinado a uma missão — com lucidez, pertinência e saber. Saibamos honrar o seu nome.
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Fonte Jornal semanário Expresso, texto de João Campos, 31 de Agosto 2013.


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Se o homem partiu para aquela grande jornada de onde se não se volta diligenciemos salvar a obra que nos legou. E só assim, na verdade, exaltaremos um exemplo e testemunharemos a nossa gratidão consciente.
Não consintamos que o tempo transforme em ruínas essa obra que a fatalidade interrompeu, ruínas que se iriam juntar a outras ruínas, e que fazem de Portugal um cemitério de iniciativas.
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J. VIEIRA NATIVIDADE